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Houthis bombardeiam campo de refugiados a oeste de Marib, alega governo do Iêmen

Tropas do governo iemenita, com apoio saudita, combatem rebeldes houthis na província rica em petróleo de Marib, a cerca de 120 km de Sanaa, capital do Iêmen, em 14 de fevereiro de 2021 [AFP via Getty Images]
Tropas do governo iemenita, com apoio saudita, combatem rebeldes houthis na província rica em petróleo de Marib, a cerca de 120 km de Sanaa, capital do Iêmen, em 14 de fevereiro de 2021 [AFP via Getty Images]

Na última segunda-feira (15), milícias houthis no Iêmen bombardearam um campo de refugiados no distrito de Sarwah, a oeste da província de Marib, alegou o Ministro de Informações do governo oficial do Iêmen, Moammar Al-Eryani.

“Milícias houthis com apoio do Irã novamente atacaram campos para deslocados internos em Marib e bombardearam o campo de Thinna, no distrito de Sarwah, que abriga 700 famílias de diversas províncias, horas após ataques contra o campo de Al-Zour com mísseis e foguetes Katyusha”, tuitou Al-Eryani.

Washington exortou os rebeldes houthis a suspender os ataques contra Marib, região iemenita rica em petróleo, a fim de demonstrar compromisso com os esforços internacionais para encerrar a guerra e conquistar a paz.

“Os Estados Unidos reivindicam dos houthis que suspendam seu avanço em Marib e encerrem todas as operações militares para revertê-las em negociações”, declarou em nota o Departamento de Estado americano.

“O ataque dos houthis contra Marib é ação de um grupo descomprometido com a paz ou com o fim da guerra, que tanto aflige o povo do Iêmen”, prosseguiu o comunicado.

O Departamento de Estado destacou ainda que o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários estima que aproximadamente um milhão de deslocados internos abrigou-se em Marib desde o início da guerra.

“Este ataque não apenas aumenta o número de deslocados internos como agrava a crise humanitária no Iêmen, que já representa a pior catástrofe humanitária do mundo”, destacou.

Reiterou a nota: “Caso os houthis realmente queiram negociar uma solução política, então devem cessar todos os avanços militares e evitar outras ações desestabilizadoras e potencialmente letais, incluindo ataques transfronteiriços à Arábia Saudita”.

“É preciso comprometer-se com a participação construtiva no processo político liderado pela ONU e engajar-se seriamente nos esforços diplomáticos liderados por Tim Lenderking, enviado especial dos Estados Unidos ao Iêmen”, concluiu a nota. “Agora é a hora de acabar com este conflito. Não há solução militar”.

LEIA: Se os houthis não são terroristas, o movimento sunita HTS também não o é

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