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Houthis bombardeiam campo de refugiados a oeste de Marib, alega governo do Iêmen

18 de fevereiro de 2021, às 10h16

Tropas do governo iemenita, com apoio saudita, combatem rebeldes houthis na província rica em petróleo de Marib, a cerca de 120 km de Sanaa, capital do Iêmen, em 14 de fevereiro de 2021 [AFP via Getty Images]

Na última segunda-feira (15), milícias houthis no Iêmen bombardearam um campo de refugiados no distrito de Sarwah, a oeste da província de Marib, alegou o Ministro de Informações do governo oficial do Iêmen, Moammar Al-Eryani.

“Milícias houthis com apoio do Irã novamente atacaram campos para deslocados internos em Marib e bombardearam o campo de Thinna, no distrito de Sarwah, que abriga 700 famílias de diversas províncias, horas após ataques contra o campo de Al-Zour com mísseis e foguetes Katyusha”, tuitou Al-Eryani.

https://twitter.com/ERYANIM/status/1361786043805147136

Washington exortou os rebeldes houthis a suspender os ataques contra Marib, região iemenita rica em petróleo, a fim de demonstrar compromisso com os esforços internacionais para encerrar a guerra e conquistar a paz.

“Os Estados Unidos reivindicam dos houthis que suspendam seu avanço em Marib e encerrem todas as operações militares para revertê-las em negociações”, declarou em nota o Departamento de Estado americano.

“O ataque dos houthis contra Marib é ação de um grupo descomprometido com a paz ou com o fim da guerra, que tanto aflige o povo do Iêmen”, prosseguiu o comunicado.

O Departamento de Estado destacou ainda que o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários estima que aproximadamente um milhão de deslocados internos abrigou-se em Marib desde o início da guerra.

“Este ataque não apenas aumenta o número de deslocados internos como agrava a crise humanitária no Iêmen, que já representa a pior catástrofe humanitária do mundo”, destacou.

Reiterou a nota: “Caso os houthis realmente queiram negociar uma solução política, então devem cessar todos os avanços militares e evitar outras ações desestabilizadoras e potencialmente letais, incluindo ataques transfronteiriços à Arábia Saudita”.

“É preciso comprometer-se com a participação construtiva no processo político liderado pela ONU e engajar-se seriamente nos esforços diplomáticos liderados por Tim Lenderking, enviado especial dos Estados Unidos ao Iêmen”, concluiu a nota. “Agora é a hora de acabar com este conflito. Não há solução militar”.

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