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Administração Biden deve divulgar relatório sobre assassinato de Khashoggi

Membros da Reporters Without Borders Organization em protesto exigindo justiça para o jornalista saudita Jamal Khashoggi assassinado em frente à Embaixada da Arábia Saudita em Berlim, Alemanha, em 1º de outubro de 2019. [Abdülhamid Hoşbaş/Anadolu Agency]
Membros da Reporters Without Borders Organization em protesto exigindo justiça para o jornalista saudita Jamal Khashoggi assassinado em frente à Embaixada da Arábia Saudita em Berlim, Alemanha, em 1º de outubro de 2019. [Abdülhamid Hoşbaş/Anadolu Agency]

O Washington Post noticiou na sexta-feira que o governo dos Estados Unidos pretende divulgar um relatório de inteligência revelando a implicação do príncipe Mohammed Bin Salman no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, no consulado saudita na Turquia em 2018.

O jornal citou fontes que afirmam que o relatório, um resumo não classificado das conclusões publicadas pelo escritório do Diretor de Inteligência Nacional, será divulgado no início da próxima semana.

A reportagem concluiu, segundo o jornal, que Bin Salman “ordenou o assassinato de Khashoggi”.

O jornal apontou que um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita se recusou a comentar sobre o momento ou o conteúdo do relatório dos EUA.

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O Washington Post divulgou que, no início de 2019, o Congresso aprovou uma legislação dando à administração de Trump 30 dias para apresentar um relatório não confidencial do Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional para revelar os nomes e funções de todos os funcionários sauditas atuais e antigos ligados ao assassinato de Khashoggi. No entanto, Trump ignorou essa ordem.

David Ottaway, especialista em assuntos sauditas do Woodrow Wilson Center, disse ao jornal: “O lançamento do relatório Khashoggi pode levar a tensas relações entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos a níveis muito baixos”.

Esse passo vem em um momento em que as relações EUA-Saudita se deterioraram nas últimas semanas, após a decisão do governo dos EUA de congelar as vendas de armas para Riad e seu compromisso de “reavaliar” as relações com o reino.

No início de fevereiro, o presidente Biden anunciou que seu país pararia de apoiar as operações da Coalizão Árabe no Iêmen, mas prometeu continuar ajudando o reino a defender suas terras.

Na terça-feira, o porta-voz da Casa Branca Jen Psaki confirmou em resposta a uma pergunta sobre o encontro de Biden com Mohammed Bin Salman, explicando: “Deixamos claro desde o início que pretendemos reavaliar nossas relações com a Arábia Saudita”.

Na quinta-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, telefonou para Bin Salman, no qual discutia a decisão dos Estados Unidos de parar de apoiar a Coalizão Árabe liderada pelos sauditas no Iêmen.

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