Neste sábado (20), o Presidente do Paquistão Arif Alvi exortou a França a desistir de consagrar “atitudes discriminatórias” contra muçulmanos na forma de leis, cujo suposto objetivo é combater o extremismo, reportou a agência Anadolu.
Em referência ao projeto de de lei introduzido pelo presidente francês Emmanuel Macron, no último ano, para enfrentar o que descreveu como “separatismo islâmico”, Alvi afirmou que Paris precisa unir as pessoas ao invés de rotular o Islã de modo que crie “desarmonia e preconceito”.
O presidente paquistanês reiterou que atos de blasfêmia contra o Profeta Muhammad em nome de suposta liberdade de expressão são considerados insulto à toda a comunidade islâmica, durante um seminário sobre liberdades religiosas e direitos das minorias, na capital Islamabad.
O projeto de lei promovido por Macron é criticado amplamente pois tem como alvo específico a comunidade islâmica e impõe restrições a quase todos os aspectos de suas vidas.
A peça legislativa autoriza intervenções em mesquitas e associações responsáveis por administrá-las, além de controlar as finanças de associações e organizações não-governamentais pertencentes a cidadãos muçulmanos.
Também restringe escolhas didáticas aos muçulmanos, ao proibir o ensino em casa e tornar compulsória a “educação secular” a todos os funcionários públicos.
LEIA: Turquia promete preparar relatórios anuais sobre o aumento da islamofobia