Turquia quer fortalecer cooperação com os Estados Unidos

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan em Ancara, Turquia, 16 de fevereiro de 2021 [Halil Sağırkaya/Agência Anadolu]

O Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan afirmou neste sábado (20) que Ancara deseja fortalecer a cooperação com Washington, após a posse de Joe Biden na Casa Branca, segundo informações da agência Anadolu.

“Queremos fortalecer ainda mais nossa cooperação com o novo governo dos Estados Unidos, com base no benefício mútuo a longo prazo”, declarou Erdogan em vídeo, no lançamento de uma emissora de televisão pelo Comitê Nacional de Coordenação Turco-Americano (TASC).

“Recentemente, todos vivemos um processo no qual a amizade turco-americana foi seriamente testada”, prosseguiu Erdogan.

“Não vimos a solidariedade e o apoio esperados de nosso aliado da OTAN, sobretudo ao combater o grupo terrorista PKK e ramificações”, prosseguiu, em referência ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, organização designada terrorista por Ancara e Washington.

“Esperamos uma postura clara de todos os aliados, especialmente após o terrível ataque que martirizou treze cidadãos turcos, na última semana”, exortou o presidente turco.

LEIA: Turquia e fabricante alemão cooperam para produção de trem de alta velocidade

Erdogan, porém, reiterou que Turquia e Estados Unidos compartilham mais interesses em comum do que “diferenças de opinião”.

No último domingo (14), corpos de treze cidadãos turcos foram encontrados durante uma operação da Turquia de combate ao terrorismo em Gara, norte do Iraque.

Forças turcas conduziram a chamada Operação Garra de Águia 2, que durou quatro dias, para impedir que o PKK e outros grupos considerados inimigos restabeleçam posições favoráveis a ataques transfronteiriços contra a Turquia.

As operações Garra de Tigre e Garra de Águia foram lançadas em junho último, a fim de proteger a região de fronteira.

A Turquia acusa o PKK, grupo com mais de trinta anos de história, que busca a autonomia curda, de ser responsável pela morte de 40 mil pessoas por toda a região.

LEIA: EUA pressionam a China sobre os direitos dos muçulmanos uigures com nova lei comercial

Sair da versão mobile