O chefe do Movimento Islâmico em Israel, sheikh Raed Salah, está mantido em confinamento solitário desde sua prisão, em 15 de agosto de 2020, pelas forças da ocupação de Israel, reportou neste domingo (21) a rede Arabi21.
Seu advogado Khalid Zabarqeh declarou que Salah enfrenta maus tratos e condições precárias na cadeia israelense do deserto do Negev.
O proeminente ativista de direitos humanos palestino serve pena de 17 meses em uma cela pequena e isolada, com autorização de apenas uma hora diária ao ar livre.
Zabarqeh descreveu o confinamento solitário como forma de tortura perpetrada nas penitenciárias de Israel. Trata-se, insistiu, de uma violação das leis e convenções humanitárias internacionais, sobretudo, a prática de tortura é terminantemente ilegal.
Também é ilegal deter indivíduos por razões políticas ou religiosas, reiterou Zabarqeh.
Os advogados de Salah têm acesso restrito ao prisioneiro, com encontros marcados apenas uma vez por mês. Visitas familiares foram interrompidas sob pretexto da pandemia. O serviço carcerário também isola Salah de outros presos políticos palestinos.
Seu advogado denunciou Israel por pressionar Salah a abandonar a causa em defesa da Mesquita de Al-Aqsa e sua oposição às violações cometidas pela ocupação militar sionista.
Zabarqeh destacou que seu cliente mantém seus princípios e direitos e não foi afetado pela opressão israelense. Salah passa seu tempo lendo, escrevendo e desenhando.
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