A Turquia ontem expressou preocupação com o aumento da agitação na Somália como resultado do atraso na realização das eleições, que deveriam ser realizadas em 8 de fevereiro.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou: “Estamos preocupados com os recentes desdobramentos negativos decorrentes da disputa sobre o processo eleitoral na Somália”.
“É importante que todas as partes ajam com bom senso, evitando medidas que possam levar à violência, e que o Governo Federal e os líderes dos Estados-Membros federais se reúnam e tentem resolver as disputas com um diálogo inclusivo e construtivo com base no acordo alcançado em 17 de setembro de 2020”, acrescentou o comunicado.
A Somália está enfrentando uma crise de liderança porque o mandato do presidente terminou e não há um caminho claro para as eleições. Uma aliança de partidos de oposição declarou que não reconhecem mais a autoridade do presidente e prometeu lançar protestos.
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Ontem, o Ministério das Relações Exteriores do país acusou “forças externas” de contribuir para os problemas. Em seguida, culpou um país estrangeiro por fazer “declarações mal informadas e enganosas que desconsideram os fatos e às vezes parecem apoiar a insurreição”, relatou o jornal Independent, em comentários que se acredita terem sido dirigidos aos Emirados Árabes, que criticaram a violência recente no país.
Pelo menos quatro pessoas, incluindo soldados, foram mortas e mais três ficaram feridas em um tiroteio entre militares e membros da oposição perto do palácio presidencial na sexta-feira.
Enquanto isso, instituições estrangeiras, incluindo as Nações Unidas, exortaram a liderança política dividida do país a retomar o diálogo com urgência para que as eleições possam ocorrer o mais rápido possível.