![Uma foto tirada em 5 de dezembro de 2019 mostra uma visão geral da sede da Al-Jazeera Media Network, na capital do Catar, Doha. [Karim Jaafar/AFP via Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/02/GettyImages-1195347643-1.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
A rede de notícias Al Jazeera está planejando uma nova plataforma de mídia que terá como alvo um público de direita nos Estados Unidos, informou o Guardian. O editor-chefe será o ex-jornalista da Fox News Scott Norvell.
O público-alvo são “pessoas de centro-direita” que se sentem mal atendidas pela grande mídia. A probabilidade é que sejam eleitores conservadores que apoiam o Republican Party na América.
Este é um movimento surpreendente da rede de Doha, que é financiada pelo estado do Catar, já que suas operações de televisão nos EUA foram fechadas em 2016. A Al Jazeera manteve uma presença online, no entanto.
De acordo com o Guardian, “Alguns funcionários da Al Jazeera expressaram consternação com o lançamento de Rightly […]”. Eles aparentemente estão preocupados que o compromisso do canal de “dar voz às comunidades marginalizadas” seja comprometido com a mudança.
O canal árabe Al Jazeera foi lançado em novembro de 1996 e rapidamente estabeleceu uma reputação de transmitir o tipo de notícias e programação que a mídia controlada pelo Estado em todo o mundo árabe não se atreveria a transmitir. Esse grau de independência editorial, inédito em outros canais árabes, fez com que fosse muito popular entre os árabes comuns, mas menos do que popular entre seus governantes ditatoriais. O fechamento da Al Jazeera foi uma das demandas impostas pela Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein e Egito durante o bloqueio ao Catar que durou de meados de 2017 a janeiro deste ano.
O canal e o site em inglês da rede foram lançados dez anos depois, com transmissões de Doha e Londres. Ele apresenta uma série de jornalistas e apresentadores conhecidos de grandes emissoras como a BBC e ITN.
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