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Israel e Bahrein discutem criar uma fábrica de vacinas contra covid

25 de fevereiro de 2021, às 10h04

Paramédicos vacinam idosos em uma casa de repouso, em Tel Aviv, 13 de janeiro de 2021 [Nir Keidar/Agência Anadolu]

O Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu e o príncipe herdeiro do Bahrein Salman Bin Hamad Al Khalifa discutiram hoje (25) o possível envolvimento do estado do Golfo na criação de uma fábrica de vacinas contra o covid-19 em solo israelense, reportou Tel Aviv.

As informações são da agência Reuters.

Os dois líderes debateram ainda uma possível visita de Netanyahu ao Bahrein, assim que as restrições contra o coronavírus sejam atenuadas, segundo o mesmo comunicado.

“O regente barenita declarou interesse em examinar a possibilidade do Bahrein juntar-se a um investimento para estabelecer uma fábrica de vacinas em Israel, conforme parceria com outros países”, destacou o gabinete de Netanyahu.

Bahrein e Emirados Árabes Unidos (EAU) normalizaram laços com Israel em 15 de setembro de 2020, em Washington, em parte, para conter receios referentes ao Irã. O pacto indignou os palestinos, que exigem um estado independente antes de qualquer reaproximação regional.

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Netanyahu busca reeleger-se em 23 de março e utiliza a vacinação como plataforma política. Nesta quarta-feira (24), alegou conversar com os laboratórios Pfizer e Moderna para abrir filiais em Israel. Contudo, as empresas não confirmaram as alegações.

Israel é acusado de apartheid de saúde por organizações internacionais, como o Human Rights Watch, ao postergar a vacinação de palestinos nos territórios ocupados, apesar de utilizar a pauta como propaganda internacional.

O comércio entre Israel e Bahrein é estimado em torno de US$220 milhões para 2021, sem contar eventuais acordos de turismo e defesa.