Alegações de que as autoridades do Líbano contrabandearam dinheiro para fora do país geraram raiva generalizada quando se considera que os libaneses não têm conseguido sacar dinheiro dos bancos desde 17 de outubro de 2019, relata a Anadolu Agency.
Após os protestos que começaram em 2019 por causa da crise financeira, os bancos apertaram os limites de saques em moeda estrangeira para US$ 200 – US$ 300 por semana. E quando a pandemia do coronavírus começou, o saque de dinheiro dessas contas foi completamente interrompido e um limite foi estabelecido na moeda local.
Enquanto os bancos, que enfrentam problemas de liquidez devido à crise, mantiveram depósitos de libaneses por quase um ano e meio para evitar uma saída de capital, alegações de que bilhões de dólares foram transferidos para o exterior por administradores causaram alvoroço.
Economistas libaneses disseram à Anadolu que os bancos deram dinheiro pertencente a clientes ao Banco Central e, por sua vez, ofereceram os depósitos como empréstimos ao Estado, que é incapaz de pagar suas dívidas.
Situação econômica e política no Líbano
A explosão no porto de Beirute em agosto de 2020 criou uma nova crise governamental junto com os crescentes problemas econômicos no Líbano, que há muito luta contra a alta dívida pública e o desemprego.
O governo do primeiro-ministro Hassan Diyab renunciou em 10 de agosto de 2020, após as reações após a explosão, mas um novo governo não pôde ser estabelecido por meses devido a desentendimentos entre grupos políticos.
Considerando as forças políticas e governantes como a causa da crise econômica, o povo do Líbano exige o estabelecimento de um governo reduzido composto de tecnocratas, sem partidos políticos sectários que compartilham o poder há muitos anos.
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