A Organização SAM para Direitos e Liberdades pediu ontem à comunidade internacional que intervenha imediatamente e pare com as sentenças de morte proferidas pelos houthis contra os jornalistas Akram Al-Walidi, Abdelkhaleq Amran, Hareth Hamid and Tawfiq Al-Mansouri e oponentes políticos no Iêmen.
Em um comunicado, a organização criticou as sentenças de morte emitidas por tribunais filiados ao movimento Houthi contra os jornalistas, vários opositores políticos e ativistas, dizendo que as práticas refletem a mentalidade excludente do grupo e violam os direitos humanos em meio ao silêncio internacional.
O SAM disse estar acompanhando, com grande preocupação, o julgamento de vários jornalistas pelos houthis, bem como a emissão de sentenças de morte pelo Tribunal Especializado de Sanaa contra sete iemenitas sob a acusação de vazamento de segredos militares e auxílio a “agressores”.
O comunicado destacou que as decisões violam o princípio de um julgamento justo, uma vez que os tribunais são supervisionados por um grupo armado.
O comunicado disse que o momento dos julgamentos e das sentenças de morte não foi coincidência, mas sim após a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre as violações dos direitos humanos no Iêmen e as demandas para pôr fim às violações em andamento no país.
A organização pediu à comunidade internacional que tome medidas imediatas e sérias para impedir esses julgamentos.
Também exortou a comunidade internacional e o Conselho de Segurança a acelerar o desenvolvimento de um plano abrangente para garantir a adoção de um sistema democrático que proteja os direitos dos iemenitas e atenda às suas aspirações.
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