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Príncipe herdeiro saudita deve ser punido, reivindica noiva de Khashoggi

Da esquerda para a direita: Hatice Cengiz, viúva do jornalista saudita Jamal Khashoggi; Jeff Bezos, presidente da Amazon; e Tawakkol Karman, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, durante cerimônia de inauguração do monumento em memória de Khashoggi, em frente ao consulado saudita em Istambul, no primeiro aniversário de seu assassinato, 2 de outubro de 2019 [Arif Hüdaverdi Yaman/Agência Anadolu]
Da esquerda para a direita: Hatice Cengiz, viúva do jornalista saudita Jamal Khashoggi; Jeff Bezos, presidente da Amazon; e Tawakkol Karman, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, durante cerimônia de inauguração do monumento em memória de Khashoggi, em frente ao consulado saudita em Istambul, no primeiro aniversário de seu assassinato, 2 de outubro de 2019 [Arif Hüdaverdi Yaman/Agência Anadolu]

Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, deve ser punido “sem demora”, reivindicou ontem (1°) Hatice Cengiz, noiva do jornalista dissidente Jamal Khashoggi, executado dentro do consulado saudita em Istambul, Turquia.

Ao comentar o recente relatório de inteligência dos Estados Unidos que implicou o governante de fato da Arábia Saudita no assassinato do colunista do The Washington Post, em outubro de 2018, Cengiz reiterou: “É essencial que o príncipe herdeiro seja punido sem demora”.

“Caso o príncipe herdeiro não seja punido, será para sempre um sinal de que o principal criminoso pode escapar impune do assassinato, o que impõe uma verdadeira ameaça a todos nós e mancha nossa humanidade”, declarou Cengiz.

Khashoggi era crítico às políticas da monarquia sob Bin Salman. Foi executado e esquartejado por um esquadrão da morte, após ser induzido a comparecer ao consulado saudita em Istambul, a fim de obter documentos para seu casamento.

“Desde 2017, o príncipe herdeiro mantém controle absoluto sobre as organizações de segurança e inteligência do reino, o que torna altamente improvável que oficiais sauditas executassem uma operação dessa natureza sem a sua autorização”, destacou o relatório.

Os Estados Unidos impuseram sanções a uma série de pessoas envolvidas no crime, mas não ao príncipe herdeiro.

LEIA: Morte de Khashoggi bloqueia o caminho para o trono de Bin Salman

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