A Organização das Nações Unidas (ONU) expressou “decepção” com os resultados de um evento majoritário conduzido com o intuito de angariar doações ao Iêmen, após obter menos da metade dos recursos necessários para o orçamento humanitário de 2021.
Previamente, as Nações Unidas anunciaram meta de US$3.85 bilhões para atender às demandas da população carente no Iêmen. Porém, apenas US$1.7 bilhões foram concedidos no evento da última segunda-feira (1°).
“Estou desapontado com o resultado da conferência. Cortar a ajuda é uma sentença de morte. Na melhor das hipóteses, hoje representa uma primeira parcela”, comentou Mark Lowcock, subsecretário da ONU para assuntos humanitários, no Twitter.
I thank donors who pledged at the pledging event for Yemen today, in particular those countries who increased their pledges or made pledges for the first time. pic.twitter.com/YJWkgnFhFH
— Mark Lowcock (@UNReliefChief) March 1, 2021
‘Agradeço a doadores … mas eu – como António Guterres [Secretário-Geral da ONU] – estou desapontado com o resultado da conferência’, declara Mark Lowcock
“Doar mais recursos à operação de socorro humanitário no Iêmen é a maneira mais rápida e mais eficiente de impedir uma epidemia de fome. Também ajudará a criar condições para uma paz duradoura”, reiterou Lowcock.
O Secretário-Geral da ONU António Guterres também descreveu o resultado do evento como “decepcionante”.
Em nota divulgada após a conferência, o chefe das Nações Unidas afirmou que US$1.7 bilhões é um índice inferior ao que a organização internacional recebeu para seu plano de resposta humanitária de 2020 e bilhões de dólares abaixo das doações de 2019.
“Milhões de homens, mulheres e crianças iemenitas precisam desesperadamente de ajuda para sobreviver”, argumentou o secretário-geral.
“Agradeço àqueles que doaram generosamente e peço a outros que reconsiderem o que podem fazer para ajudar a conter a pior crise de fome que o mundo já viu, em décadas”, enfatizou Guterres. “A ONU manterá sua solidariedade com o povo carente do Iêmen”.
LEIA: ONU alerta que iemenitas em fuga enfrentam risco de fome