Quatro famílias palestinas, residentes do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, apelaram à Jordânia e à Autoridade Palestina (AP) para intervir imediatamente e impedir que Israel os expulse de suas casas.
Em fevereiro, a Corte Distrital de Israel em Jerusalém rejeitou um recurso registrado pelas quatro famílias contra o despejo, cujo intuito é expulsá-las para dar lugar a colonos judeus, considerados ilegais conforme a lei internacional.
A corte determinou que as terras onde se situam as residências palestinas pertenciam a judeus antes da guerra árabe-israelense 1948 – isto é, a Nakba ou “catástrofe palestina”, que resultou na criação do Estado de Israel via limpeza étnica.
Os advogados demonstraram que a propriedade se trata de um projeto habitacional para palestinos deslocados pela Nakba, construído pelo governo jordaniano e pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em 1956.
Os colonos, portanto, não têm direito às terras.
Contudo, a corte israelense recusou-se a permitir sequer discussões sobre a propriedade das terras e concedeu prazo até 2 de maio para que as famílias deixem o local.
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