As políticas fascistas do regime egípcio do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi “não podem ser encobertas”, afirmou Maha Azzam, presidente do Conselho Revolucionário do Egito, em nota à imprensa divulgada para o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.
Declarou Azzam: “Saudamos as mulheres em todo o mundo que lutam por seus direitos e liberdades. Neste importante dia, desejamos atrair a atenção do mundo às dissidentes políticas aprisionadas pelo regime militar de Abdel Fattah el-Sisi, no Egito”.
Há hoje cerca de 60 mil prisioneiros políticos mantidos em condições desumanas no Egito – “estima-se que 170 sejam mulheres, três das quais condenadas à morte”.
Entre os presos, estão advogados, jornalistas, acadêmicos e pessoas condenadas somente por postagens nas redes sociais, detalhou Azzam.
“É negado [às prisioneiras] o acesso a medicação, visitas familiares, além de serem submetidas a abusos sexuais … desde o golpe de estado, em 2013”, prosseguiu.
“O regime militar do Egito e suas políticas fascistas contra as mulheres não podem ser encobertos por algumas mulheres ministras que servem ao governo”, reiterou Azzam.
“Neste Dia Internacional das Mulheres, deixem-nos garantir que as Nações Unidas e todas as entidades internacionais e de direitos humanos estejam engajadas ativamente para libertar as mulheres dissidentes no Egito e no Oriente Médio”, concluiu o comunicado.
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