Os subsídios egípcios para produtos derivados do petróleo desabaram em torno de 45% na primeira metade do ano fiscal de 2020-2021, reportou nesta quinta-feira (4) o Ministro de Petróleo do Egito, Tarek el-Molla.
El-Molla informou que os subsídios de petróleo caíram a 8.4 bilhões de libras egípcias (US$537.8 milhões) na primeira metade do ano fiscal, comparado a 15.25 bilhões de libras egípcias (US$971.7 milhões) no ano anterior.
Desde julho de 2014, os preços dos combustíveis no Egito testemunharam cinco grandes aumentos, a começar em 13%, culminando em 305% de carestia.
Após assumir a presidência em 2014, via golpe militar, Abdel Fattah el-Sisi buscou reduzir os subsídios energéticos, na tentativa de reduzir o déficit orçamentário do país.
Especialistas alertam que o aumento nos preços dos combustíveis, além de outras medidas de austeridade do governo, podem levar ao “ressurgimento da inflação, aprofundamento da recessão econômica e erosão da classe média”.
Em 2016, o Egito adotou um programa de reforma de US$12 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que incluiu medidas específicas para melhorar índices econômicos e aliviar os gastos do estado, incluindo o fim gradual dos subsídios de petróleo.
Na ocasião, o FMI alegou que tal medida criaria “mais espaço no orçamento para gastos sociais mais precisos, além de maior investimento em saúde, educação e infraestrutura”.
Um terço dos egípcios vive abaixo da linha da pobreza; 6.2% vivem em situação de miséria.
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