Apoiado pelos Emirados Árabes, o líder do Fatah, Mohammad Dahlan, está tentando formar sua própria lista eleitoral para as próximas eleições parlamentares palestinas lideradas pelo ex-presidente da Universidade Al-Quds, Sari Nusseibeh, informou o Arab Post na sexta-feira.

A lista seria chamada de “Jerusalem First” e incluiria ex-primeiros-ministros e ministros, além de líderes do Fatah que não estão contentes com a corrupção e confrontos entre o movimento palestino secular.

Fontes disseram ao Arabic Post que os ex-primeiros-ministros Salam Fayyad e Rami Hamdallah, bem como o líder da Fatah, Nabil Amr, poderiam ser incluídos na lista.

Segundo as fontes, por meio de Dahlan, os Emirados Árabes buscam uma presença política oficial na arena política palestina. Essa é uma extensão do apoio dos Emirados Árabes às ONGs e certas figuras palestinas por meio de Dahlan.

O analista político palestino Naji Shurrab descreveu Dahlan e a tentativa dos Emirados Árabes de formar essa lista eleitoral como uma “virada perigosa” à luz da existência de várias listas do Fatah, e enfatizou que sua formação resultaria em um “terremoto político” dentro do Fatah.

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Enquanto isso, a Instituição Internacional de Jerusalém disse que os Emirados Árabes estão explorando as eleições palestinas para estender sua influência política na arena política palestina: “Para servir à ocupação israelense por meio da implementação dos Acordos de Abraão”.

A instituição afirmou que usar o slogan “Jerusalem First” é “falso”, porque Nusseibeh é quem propôs o Acordo Nusseibeh-Ayalon, que reconhecia Jerusalém como a capital de dois estados. Foi assinado no verão de 2002, durante o auge da agressão israelense aos palestinos.

O membro do Conselho Revolucionário da Fatah, Tayseer Nasrallah, explicou que os movimentos de Dahlan e Nasser Al-Qidwa estão apresentando à Fatah “escolhas difíceis” que podem despedaçá-la.

Nasrallah reiterou: “A situação dentro da Fatah tornou-se muito crítica à luz do desacordo que assola o movimento”.

O Arab Post informou que Nusseibeh está liderando ONGs e órgãos em Jerusalém que trabalham para substituir a influência do Catar e da Turquia pela existência dos Emirados Árabes.

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