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ONU ainda não recebeu prova de que sheikha Latifa está viva

Sheikha Latifa Al-Maktoum, filha do Sheikh Mohammed Bin Rashid Al-Maktoum dos Emirados Árabes, vista em janeiro de 2018, algumas semanas antes de sua fuga da família em fevereiro de 2018. [Tiina Jauhiainen/Wikimedia]
Sheikha Latifa Al-Maktoum, filha do Sheikh Mohammed Bin Rashid Al-Maktoum dos Emirados Árabes, vista em janeiro de 2018, algumas semanas antes de sua fuga da família em fevereiro de 2018. [Tiina Jauhiainen/Wikimedia]

A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou na sexta-feira (5) que ainda não recebeu nenhuma evidência do governo dos Emirados Árabes de que a sheikha Latifa está viva.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUR) solicitou evidências de que a filha do governante de Dubai, o sheikh Mohammed Bin Rashid Al-Maktoum, ainda está viva. No entanto, em resposta a uma pergunta sobre se a prova disso foi apresentada, o porta-voz da ONU, Robert Colville, disse aos repórteres: “Ainda não, não”.

Em fevereiro passado, a BBC publicou um vídeo da sheikha Latifa no qual ela dizia que estava sendo mantida como “refém”.

A princesa indicou no vídeo filmado em um banheiro – único lugar onde ela pode trancar a porta – lembrando que a porta de seu quarto não tem chave para que ela não possa fechá-la.

Sheikha Latifa prossegue contando que foi feita refém em uma vila e que o lugar se transformou em uma prisão com janelas fechadas que não podem ser abertas, com cinco policiais do lado de fora e duas policiais femininas dentro de casa, acrescentando que ela não pode nem sair para tomar ar fresco.

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No vídeo, a princesa afirmou que teme por sua vida e não conhece seu destino, pois a situação piora a cada dia.

O Reino Unido exigiu provas de que a sheikha Latifa ainda está viva. Quando o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, foi questionado na Sky TV se ele apoiava a necessidade de os Emirados Árabes fornecerem evidências de que a princesa está viva, ele respondeu: “À luz do que vimos, acho que as pessoas desejam, em um nível humano, para ver se ela está viva e bem. Claro, eu acho que isso é um instinto natural e certamente acolhemos isso”.

Raab disse à BBC que o vídeo é “profundamente preocupante”, observando que a ONU está acompanhando o assunto.

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