O Tribunal Penal de Argel, capital da Argélia, condenou na sexta-feira (5) um ex-assistente do Diretor-Geral de Segurança Nacional pelo assassinato de seu chefe, em 2010, reportou a rede de notícias Algérie Presse Service (APS).
Em 27 de fevereiro de 2017, a Suprema Corte do país ordenou novo julgamento após aceitar recursos para cassação da pena de morte contra Shoaib Oltash, acusado de matar o coronel Ali Tounsi, em seu escritório, em 25 de fevereiro de 2010.
O julgamento enfim ocorreu na quinta-feira (4), no qual a promotoria pública solicitou confirmação da pena capital por “assassinato premeditado”.
Oltash, ex-chefe da unidade de aviação da polícia argelina, declarou legítima defesa ao júri, após seu chefe supostamente atacá-lo com um triturador de papel. “Eu não tive qualquer intenção de matar Ali Tounsi”, argumentou o réu.
Segundo o relatório do caso, Oltash atirou contra Tounsi após discussão acalorada.
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A imprensa reportou que a disputa teve início quando Tounsi expressou intenções de demitir seu assessor, ao acusá-lo de corrupção na gestão da Força Aérea da Segurança Nacional.
Em 2015, em julgamento distinto, Oltash foi condenado a cinco anos de prisão por fraude na compra de equipamentos multimídia, estimada em €13 milhões.