O Secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken afirmou ontem (9) a repórteres que seu país espera que o Irã aceite a oferta de Washington para conduzir negociações diretas sobre seu programa nuclear.
Blinken reiterou, porém, que a paciência da Casa Branca não é infinita no que concerne Teerã.
Irã e Estados Unidos insistem que a contraparte tome o primeiro passo, a fim de restaurar o acordo nuclear assinado com potências globais, em 2015, e revogado unilateralmente pelo então presidente Donald Trump, em 2018.
Na segunda-feira (8), Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, afirmou que seu país não recebeu qualquer contato direto ou indireto de Washington sobre a questão nuclear ou outros assuntos.
Khatibzadeh reiterou que qualquer reunião entre as partes está condicionada a mudanças da política de “máxima pressão”, imposta pelos Estados Unidos.
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O chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif destacou ainda a necessidade de suspender sanções para que Teerã discuta suas obrigações previstas pelo acordo nuclear.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reportou aos estados-membros, também na segunda-feira, que o Irã começou a enriquecer urânio através de um terceiro conjunto de centrífugas avançadas IR-2m, em sua usina subterrânea de Natanz.
“Em 7 de março de 2021, a agência verificou que o Irã deu início ao enriquecimento natural de UF6 em uma terceira cascata de centrífugas IR-2m”, declarou o relatório.