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Médico israelense afirma que spray nasal não é milagre e só vacinação acaba com doenças virais

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (direita), recebe o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araujo em Jerusalém, dia 8 de março de 2021 [Itamaraty/Twitter]
Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (direita), recebe o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araujo em Jerusalém, dia 8 de março de 2021 [Itamaraty/Twitter]

Em entrevista à Folha de São Paulo, o médico sanitarista Ronni Gamzu, CEO do Hospital Ichilov, em Tel Aviv, afirmou que a melhor maneira de sair da crise do coronavírus é com a vacinação.Com todo o respeito aos medicamentos antivirais, as doenças virais acabam só com vacinas.”, disse. Nesta terça-feira (9), a comitiva brasileira em Israel assinou acordo para trazer ao brasil o spray-nasal em desenvolvimento contra a covid-19.

Gamzu, ex-coordenador do programa nacional israelense de combate à pandemia, afirmou que “há um entusiasmo” do Brasil quanto ao spray nasal israelense, que ele não vê em outros países, mas alerta que o desenvolvimento de uma nova droga é um processo caro, com riscos, que pode “levar meses ou até anos”.

“Temos algumas drogas antivirais e estamos desenvolvendo outras. Mas é um processo longo, uma jornada. Temos alguns candidatos. Esta molécula inteligente é um deles, mas não é um milagre. Sugiro não pegar um remédio, agora, e fazer dele a verdadeira solução, porque a verdadeira solução é a prevenção. Temos que continuar nossa luta científica para encontrar curas, mas não esqueça: prevenção, prevenção, prevenção. Vacinação, vacinação, vacinação.”, disse ele.

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Na viagem, Eduardo Bolsonaro afirmou que Israel teria interesse em realizar os testes em brasileiros porque “o Brasil é um povo famoso por ser miscigenado, com material genético bem diversificado”.

Ronni Gamzu justificou a importância da testagem no Brasil por ser um país onde ainda há muitas mortes. Nesta terça (9), foram registradas no país 1954 mortes por covid-19 em um dia. “Realmente, precisamos de países onde há morbidade para recrutar pacientes. Portanto, neste momento há um começo, um fio de meada para colaboração científica.”, afirmou.

Ele também ressaltou que o desenvolvimento de remédios e vacinas devem ser feitos ao mesmo tempo, priorizando a vacinação.

O medicamento EXO-CD24 foi testado em 30 voluntários em estado grave, internados no Ichilov e 29 se recuperaram, de acordo com o hospital. A fase 1 dos testes terminou em janeiro, mas ainda não foi publicado um artigo científico sobre a pesquisa.

Durante a visita, a delegação Brasileira e Israel assinaram um acordo para realizar as fases 2 e 3 dos testes clínicos do spray nasal no Brasil. O custo da operação ainda não foi divulgado.

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O ministro das relações exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, comemorou no Twitter a os acordos assinados em Israel e comparou a visita à Israel com a decisão de segunda-feira (8) do Ministro Edson Fachin de anular as condenações de Lula. “Enquanto isso, alguns elementos sombrios sonham com o retorno da era moluscular em que o Brasil ocupava a vanguarda internacional da corrupção e do apoio à bandidagem eleitoral”, disse.

Durante o governo de Lula, o Brasil foi o país que mais vacinou contra a epidemia de H1N1 pela rede pública, em 2009 e 2010. Em 24 de fevereiro, Lula publicou no Twitter que na época do H1N1 foram aplicadas mais de 80 milhões de vacinas em três meses e “esse governo nem pra comprar vacina serve”, disse se referindo ao atraso na compra de imunizantes pelo governo de Bolsonaro.

O balanço da vacinação contra a covid-19 desta terça-feira apontou que pouco mais de sete milhões de pessoas receberam a primeira dose, 3,36% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 1,02% da população. Os dados começaram a ser contabilizados a partir do dia 21 de janeiro de 2021.

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