Nesta quarta-feira (10), a Arábia Saudita decidiu permitir que diplomatas estrangeiros se encontrassem com Loujain al-Hathloul, antes da proeminente ativista por direitos das mulheres comparecer a uma corte de recursos na capital Riad.
Vídeos registraram al-Hathloul cumprimentando e agradecendo os diplomatas, em frente ao tribunal. “Esperamos que o veredito seja diferente ou levemente modificado … vamos ver como as coisas vão agora. Muito obrigada pelo apoio”, declarou al-Hathloul.
Posteriormente, sua família anunciou que a sentença contra ela foi suspensa, de modo que sua proibição a viagens não está mais em vigor.
A ativista de 31 anos foi libertada pelas autoridades penitenciárias sauditas em fevereiro último, após quase três anos de detenção e tortura.
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O caso atraiu condenação internacional.
Al-Hathloul foi detida em maio de 2018 e condenada a quase seis anos de prisão, em dezembro, sob acusações “espúrias”, conforme denunciaram especialistas em direitos humanos, determinadas por uma legislação vaga de “contraterrorismo”.
Na ocasião, a corte também ordenou uma proibição de viagens no período de cinco anos, além de dois anos e dez meses de sua sentença, a maioria do tempo já cumprido.