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ONU espera que investidor de capital privado ajude a alimentar o Iêmen

13 de março de 2021, às 10h51

Os iemenitas recebem ajuda alimentar distribuída pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) em Sanaa, Iêmen, em 26 de janeiro de 2021. [Mohammed Hamoud/Anadolu Agency]

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas espera obter uma parte de centenas de milhões de dólares de uma fundação privada criada para ajudar o Iêmen pelo investidor americano Tim Collins, disse o chefe de alimentos da ONU, David Beasley, na sexta-feira, informou a Reuters.

Mais de seis anos de guerra no Iêmen – amplamente vista como um conflito intermediado entre a Arábia Saudita e o Irã – fizeram com que o empobrecido país mergulhasse no que as Nações Unidas descrevem como a maior crise humanitária do mundo.

Em um documento compartilhado com grupos de ajuda e visto pela Reuters, a 2021 Famine Prevention Foundation visa “evitar uma fome generalizada, obtendo assistência imediata para o número máximo de pessoas” superando fome ou a ameaça de fome.

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Beasley disse que conversou várias vezes com Collins sobre a fundação, que ainda não foi anunciada publicamente.

“Tim está trabalhando duro em uma fundação privada de fundos”, disse Beasley a repórteres. “Ele expressou sua preocupação com o fato de os governos em todo o mundo estarem sobrecarregados por causa da crise que enfrentamos agora por causa da covid-19.”

Collins, fundador da empresa americana de private equity Ripplewood Holdings LLC, não quis comentar.

A maior parte do financiamento para apelos de ajuda da ONU vem dos governos, então a criação da Fundação de Prevenção da Fome é uma novidade.

Acredita-se que os contribuintes do fundo incluem entidades de países do Golfo, disse uma fonte de ajuda à Reuters. A agência de ajuda Action Contre la Faim disse ao canal de mídia The New Humanitarian, que relatou pela primeira vez sobre o novo fundo neste mês, que o dinheiro provavelmente veio de entidades privadas do Golfo.

“O objetivo do fundo é demonstrar que a ONU pode rapidamente aumentar as respostas quando tiver os meios para fazê-lo […] é uma forma de tranquilizar os doadores, em particular os do Golfo”, disse a fonte da ajuda.

A fundação está sendo administrada por John Ging, ex-diretor de operações de ajuda da ONU, e Neal Keny-Guyer, ex-chefe executivo da organização de ajuda Mercy Corps, disseram duas fontes familiarizadas com a situação.

No início deste mês, os países prometeram apenas US$ 1,7 bilhão para ajuda humanitária no Iêmen – menos da metade dos US$ 3,85 bilhões que as Nações Unidas estavam buscando em 2021 para evitar uma fome em grande escala.

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