Neste domingo (14), a República de Kosovo abriu sua embaixada israelense na cidade ocupada de Jerusalém, ponto crítico da questão israelo-palestina, seguindo os passos de Estados Unidos e Guatemala, reportou a agência Reuters.
Kosovo, nação balcânica de maioria islâmica, prometeu transferir sua embaixada a Jerusalém ao instituir laços diplomáticos com Israel em 2020, sob a chancela de Washington.
O Ministério de Relações Exteriores de Kosovo declarou no Twitter que, com a abertura da embaixada, “enfim foi cumprida a promessa feita no Salão Oval”.
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Israel considera suas novas relações com Kosovo como parte de uma campanha ampla de normalização das relações com países árabes e islâmicos, mobilizada pelo governo do ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Wasel Abu Youssef, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), reiterou que a abertura da embaixada em Kosovo em Jerusalém contradiz resoluções da ONU e pretende “enfraquecer a causa palestina”.
Nenhuma data foi anunciada até então para a cerimônia oficial de abertura.
Na quinta-feira (11), a República Tcheca abriu um escritório diplomático em Jerusalém, como filial de sua embaixada em Tel Aviv. Palestinos e Liga Árabe declararam repúdio à medida.
O status de Jerusalém permanece como obstáculo central para instituir um suposto “acordo de paz” entre israelenses e palestinos.
A comunidade internacional ainda preserva o consenso de estabelecer Jerusalém Oriental, capturada pela ocupação sionista em 1967, como capital de um futuro estado palestino. A anexação de Jerusalém por Israel jamais foi reconhecida internacionalmente.
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