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Canadá nega recurso de ex-chefe de espionagem saudita sobre congelamento de bens

Segurança monta guarda em frente à Corte Superior de Justiça em Toronto, Canadá, 10 de novembro de 2020 [Cole Burston/AFP via Getty Images]
Segurança monta guarda em frente à Corte Superior de Justiça em Toronto, Canadá, 10 de novembro de 2020 [Cole Burston/AFP via Getty Images]

Na quinta-feira (11), a Corte Superior de Justiça da província de Ontário, no Canadá, rejeitou um recurso de Saad al-Jabri, ex-chefe de inteligência saudita, para suspender o congelamento de seus bens, estimados em centenas de milhões de dólares.

Segundo a rede CBC, em decisão de trinta páginas, a juíza responsável Cory Gilmore destacou que al-Jabri recusou-se a responder “questões sobre um processo de Toronto que indica desvio de recursos de segurança e contraterrorismo a si próprio, sua família e sócios”.

Al-Jabri atuou como expert de contraterrorismo para a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) e passou a ser visto como ameaça a Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, após deixar o país, em 2017.

A recente decisão canadense argumentou que al-Jabri e 21 cúmplices “desviaram” até US$4.3 bilhões de empresas sauditas estabelecidas para prestar suporte a atividades de combate ao terrorismo no Oriente Médio, entre 2008 e 2017.

“Al-Jabri não explicou adequadamente qualquer uma de suas supostas fraudes documentadas em um relatório forense de 150 páginas”, declarou Gilmore em sua decisão. “Tampouco explicou como chegou a obter centenas de milhões de dólares em bens, incluindo contas bancárias na Europa, Malta, Ilhas Virgens, Estados Unidos e Canadá”.

Gilmore observou ainda que o ex-oficial saudita possui “propriedades de luxo como sua mansão de US$13 milhões em Toronto”.

Os advogados de al-Jabri reportaram a Gilmore que seus acusadores ludibriaram a corte ao alegar que seu cliente fugiu da Arábia Saudita à Turquia para evitar uma investigação por fraude. Segundo a defesa, al-Jabri exilou-se por receios à sua segurança.

LEIA: Tribunal saudita mantém sentença contra Loujain AL-Hathloul

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