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Parlamentar russo condena investigação britânica contra Asma al-Assad

Rainha Elizabeth II recebe o Presidente da Síria Bashar al-Assad e sua esposa, Asma al-Assad, no Palácio de Buckingham, em Londres, 17 de dezembro de 2002 [Kirsty Wigglesworth/AFP/Getty Images]
Rainha Elizabeth II recebe o Presidente da Síria Bashar al-Assad e sua esposa, Asma al-Assad, no Palácio de Buckingham, em Londres, 17 de dezembro de 2002 [Kirsty Wigglesworth/AFP/Getty Images]

Dmitry Sablin, presidente do grupo parlamentar russo para relações com a Síria, criticou as autoridades britânicas por lançarem uma investigação preliminar sobre supostos crimes cometidos por Asma al-Assad, esposa do presidente sírio Bashar al-Assad.

Segundo o jornal The Sunday Times, Asma pode perder sua cidadania britânica caso seja considerada culpada de “incitação ao terrorismo”.

“No décimo primeiro ano do conflito armado na Síria, o Reino Unido descobriu que a esposa do presidente ‘teve influência na liderança’ e a apoiou os sírios na luta por seu país; então, lançou uma investigação, logo quando a mulher, que acabou de tratar-se contra um câncer, combate o coronavírus”, alegou Sablin.

Prosseguiu: “Não há necessidade de falar sobre a moral de nossos parceiros ocidentais. É óbvio que trata-se de um elemento de pressão psicológica contra a liderança do país, como antecipação às eleições presidenciais deste ano”.

O parlamentar russo afirmou ainda que, no início do conflito, agências ocidentais “reiteradamente divulgaram fake news de que Asma al-Assad fugira do país, e quando aconteceu de Asma não acatar tais sugestões, sanções pessoais foram impostas contra ela”.

Segundo Sablin, as chances de Asma ser considerada culpada após a investigação da polícia britânica e subsequente julgamento são “bastante altas, como de costume”.

Sablin enalteceu os supostos esforços de Asma em “cuidar dos feridos e dos familiares das vítimas durante o conflito”.

A Síria é devastada pela guerra civil desde 2011, quando o regime de Assad reprimiu violentamente protestos populares por democracia. Centenas de milhares foram mortos e mais de dez milhões foram deslocados, segundo a ONU.

Assad é acusado de crimes de guerra. A Rússia é seu principal aliado.

LEIA: Regras do tribunal impedem esposa de Daesh de retornar ao Reino Unido

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