Dmitry Sablin, presidente do grupo parlamentar russo para relações com a Síria, criticou as autoridades britânicas por lançarem uma investigação preliminar sobre supostos crimes cometidos por Asma al-Assad, esposa do presidente sírio Bashar al-Assad.
Segundo o jornal The Sunday Times, Asma pode perder sua cidadania britânica caso seja considerada culpada de “incitação ao terrorismo”.
“No décimo primeiro ano do conflito armado na Síria, o Reino Unido descobriu que a esposa do presidente ‘teve influência na liderança’ e a apoiou os sírios na luta por seu país; então, lançou uma investigação, logo quando a mulher, que acabou de tratar-se contra um câncer, combate o coronavírus”, alegou Sablin.
Prosseguiu: “Não há necessidade de falar sobre a moral de nossos parceiros ocidentais. É óbvio que trata-se de um elemento de pressão psicológica contra a liderança do país, como antecipação às eleições presidenciais deste ano”.
O parlamentar russo afirmou ainda que, no início do conflito, agências ocidentais “reiteradamente divulgaram fake news de que Asma al-Assad fugira do país, e quando aconteceu de Asma não acatar tais sugestões, sanções pessoais foram impostas contra ela”.
Segundo Sablin, as chances de Asma ser considerada culpada após a investigação da polícia britânica e subsequente julgamento são “bastante altas, como de costume”.
Sablin enalteceu os supostos esforços de Asma em “cuidar dos feridos e dos familiares das vítimas durante o conflito”.
A Síria é devastada pela guerra civil desde 2011, quando o regime de Assad reprimiu violentamente protestos populares por democracia. Centenas de milhares foram mortos e mais de dez milhões foram deslocados, segundo a ONU.
Assad é acusado de crimes de guerra. A Rússia é seu principal aliado.
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