Três organizações não-governamentais (ongs) registraram ontem (15) um processo histórico em Moscou, ao apontar o grupo de mercenários russo Wagner como responsável por torturar e assassinar um prisioneiro na Síria, em 2017.
“Este litígio representa a primeira vez que a família de uma vítima responsabiliza suspeitos russos por crimes graves cometidos na Síria”, destacou uma nota conjunta da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), do Centro de Mídia e Liberdade de Expressão da Síria e do proeminente grupo humanitário russo Memorial.
Um vídeo divulgado pelo periódico russo Novaya Gazeta registrou um grupo de seis homens torturando um prisioneiro sírio.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a vítima, identificada como Mohammed Taha Ismail Al-Abdullah, desertou do exército do presidente sírio Bashar al-Assad e foi capturada.
O irmão de Al-Abdullah agora busca justiça.
A Síria é devastada pela guerra civil desde 2011, quando o regime de Assad reprimiu violentamente protestos populares por democracia.
Assad é acusado de crimes de guerra. A Rússia é seu principal aliado.
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