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#FreeSanaa viraliza às vésperas do veredito contra editora de cinema no Egito

Os irmãos Alaa Abdel Fattah (segundo à esquerda) e Sanaa Seif (à direita), ambos ativistas e presos políticos, gesticulam após receberem permissão das autoridades egípcias para comparecer ao velório de seu pai, o proeminente advogado de direitos humanos Ahmed Seif el-Islam, no Cairo, capital do Egito, 28 de agosto de 2014 [Hasan Mohamed/AFP via Getty Images]
Os irmãos Alaa Abdel Fattah (segundo à esquerda) e Sanaa Seif (à direita), ambos ativistas e presos políticos, gesticulam após receberem permissão das autoridades egípcias para comparecer ao velório de seu pai, o proeminente advogado de direitos humanos Ahmed Seif el-Islam, no Cairo, capital do Egito, 28 de agosto de 2014 [Hasan Mohamed/AFP via Getty Images]

Sanaa Seif, mantida como prisioneira política pelo regime egípcio do general e presidente Abdel Fattah el-Sisi, deve receber hoje (17) sua sentença de prisão, nove meses após ser sequestrada na rua ao tentar entregar uma carta a seu irmão, também detido.

Em 21 de junho, junto de sua irmã Mona e sua mãe Laila Soueif, Sanaa dormiu em frente à prisão onde seu irmão, o proeminente revolucionário Alaa Abdel Fattah, está encarcerado, na tentativa de visitá-lo em meio às rigorosas medidas impostas sob o coronavírus.

No dia seguinte, um grupo de mulheres baltagiya – isto é, agentes contratados pelo regime – atacou Sanaa, Mona e Laila e roubou suas posses. Ao tentar registrar a ocorrência e enviar uma mensagem a seu irmã, Sanaa foi abduzida por uma van branca não-identificada.

Sanaa trabalhou como editora cinematográfica para o documentário The Square, indicado ao Oscar, além do premiado In the Last Days of the City.

Em agosto do último ano, mais de duzentos atores, escritores e jornalistas assinaram uma carta reivindicando justiça e liberdade a Sanaa Seif. A atriz Maggie Gyllenhaal, o autor Philip Pullman e o artista Anish Kapoor juntaram-se aos apelos.

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Sanaa foi acusada de “espalhar notícias falsas” e “incitar crimes terroristas”.

O governo egípcio é cada vez mais pressionado por seus abusos e atos de repressão. Na última semana, 31 estados-membros das Nações Unidas endossaram a oposição do Conselho de Direitos Humanos às violações sistemáticas do regime.

A declaração conjunta condenou o uso generalizado de leis de contraterrorismo para punir dissidentes políticos e destacou “restrições sobre a liberdade de expressão e o direito à assembleia pacífica, além de limitar o espaço para oposição da sociedade civil”.

Após 226 dias de detenção, pessoas em todo o mundo esperam que Sanaa possa ser libertada nesta quarta-feira.

“Milhares de pessoas guardam esperanças de que amanhã, quando enunciada a sentença, a corte cumpra seu verdadeiro dever: reconhecer o absurdo das acusações contra Sanaa e decidir de acordo”, escreveu a romancista egípcia Ahdaf

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