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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Colonos de Israel picham mensagens racistas, incendeiam carros em aldeia palestina

Pichação de cunho racista deixada nos muros de uma propriedade palestina, na Cisjordânia ocupada, 15 de agosto de 2019 [Centro de Informação da Palestina]
Pichação de cunho racista deixada nos muros de uma propriedade palestina, na Cisjordânia ocupada, 15 de agosto de 2019 [Centro de Informação da Palestina]

Uma aldeia palestina a noroeste da cidade ocupada de Jerusalém foi vandalizada por colonos ilegais israelenses, que picharam mensagens racistas e atearam fogo em veículos locais, segundo informações da agência de notícias Wafa.

A Defesa Civil Palestina apagou os focos de incêndio que destruíram dois carros.

Residentes de Beit Iksa relataram que um grupo de colonos invadiu furtivamente a parte sul da aldeia e picharam mensagens racistas nas paredes das casas, além de Estrelas de Davi e frases como “cumprimentos de Ahuvia”, em aparente referência a Ahuvia Sandak.

O colono de 16 anos faleceu em janeiro após seu carro capotar durante uma perseguição policial. Samdak e seus amigos foram flagrados atirando pedras contra veículos palestinos.

Testemunhas denunciaram ainda que forças da ocupação israelense entraram na aldeia após o ataque e interrogaram diversos residentes locais, ao invés de auxiliar nos danos ou procurar e investigar os agressores.

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O atentado em Beit Iksa é parte de uma recente escalada na violência colonial contra nativos palestinos e mesmo policiais israelenses, após a morte de Samdak.

Ainda em janeiro, colonos israelenses atacaram uma menina palestina de apenas 10 anos, da aldeia de Madama, na Cisjordânia, ao sul da cidade de Nablus. A criança foi ferida no rosto e na cabeça e transferida a um hospital em Nablus.

Ataques contra residentes palestinos tornaram-se rotina na Cisjordânia. Colonos costumam atirar pedras, vandalizar propriedades e destruir oliveiras pertencentes à população nativa.

Os assentamentos coloniais – considerados ilegais segundo a lei internacional e descritos por grupos de direitos humanos como “obstáculos à paz” – abrigam cerca de 700 mil colonos exclusivamente judeus, em todo o território ocupado da Cisjordânia.

Apesar da condenação internacional, autoridades israelenses continuam a avançar contra terras palestinas expropriadas. Somente nos últimos meses e semanas, milhares de novas unidades de assentamentos foram aprovadas por Israel.

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