O Egito anunciou que lamenta a declaração conjunta que critica a situação dos direitos humanos no Egito durante a 46ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A Missão Permanente do Egito junto à ONU declarou que “lamenta” “a politização brutal” e a “escalada injustificada” no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
De acordo com a delegação egípcia, alguns países acreditam que eles: “têm o direito de avaliar outros e usar o Conselho da ONU como cobertura para ocultar suas contínuas violações dos direitos humanos”, acusando uma série deles de racismo, confisco dos bens dos refugiados e uso de violência para reprimir manifestações.
Na declaração assinada por 31 Estados membros, principalmente países ocidentais, os governos expressaram “profunda preocupação” pelas violações generalizadas dos direitos humanos cometidas impunemente pelas autoridades egípcias.
Os governos dos Estados membros exortaram o Egito a pôr fim à perseguição de ativistas, jornalistas e adversários políticos sob as leis anti-terroristas e a libertá-los incondicionalmente.
“Instamos o Egito a garantir espaço para a sociedade civil – incluindo defensores dos direitos humanos – para que trabalhem sem medo de intimidação, assédio, prisão, detenção ou qualquer outra forma de represália”, expressou o embaixador finlandês Kirsti Kauppi, lendo a declaração para o fórum de Genebra.
“Isso inclui o fim das proibições de viagens e congelamento de bens contra os defensores dos direitos humanos – incluindo o pessoal da EIPR”, disse Kauppi, referindo-se a três ativistas da Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais, presos em novembro passado após terem uma reunião com diplomatas seniores no Cairo.
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