O Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, defendeu o acordo nuclear assinado entre as potências mundiais e o Irã em 2015, dizendo que sem o acordo, o Irã teria desenvolvido seu arsenal nuclear em um ritmo mais rápido do que agora.
Borrell fez os comentários em um novo livro Política externa europeia no ano da covid-19 que inclui, entre as questões relacionadas à União Europeia, o acordo nuclear de 2015.
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O acordo, diz ele, impôs ao Irã obrigações internacionais que limitam a expansão de seu programa nuclear, alertando que a pressão exercida sobre o acordo nuclear pode levar ao seu colapso, o que teria repercussões perigosas para a região e o mundo.
Segundo o diplomata europeu, a preservação do acordo é necessária e urgente, porque demorou 12 anos a ser concluído e, em caso de colapso, não se pode esperar uma alternativa abrangente e eficaz.
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“O acordo nuclear final foi claro. É uma troca clara. O Irã obedecerá às estritas restrições impostas ao seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções econômicas e financeiras”, disse ele, observando que o Irã se comprometeu com o acordo por 14 meses depois que os Estados Unidos se retiraram dele, sob o ex-presidente Donald Trump.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou recentemente que o Irã começou a enriquecer urânio em sua planta subterrânea de Natanz com um segundo tipo de centrífuga avançada, a IR-4.
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