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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel proíbe ministro palestino de viajar após visita ao TPI

Al-Maliki viajou para Haia para uma reunião na quinta-feira com o advogado britânico Karim Ahmad Khan, novo promotor do TPI

Israel revogou a autorização especial de viagem do ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP), Riyad Al-Maliki, depois que ele voltou ontem à Cisjordânia de uma viagem ao Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia.

O diplomata palestino instou o promotor do TPI, Fatou Bensouda, a acelerar o ritmo da investigação dos crimes israelenses nos territórios palestinos ocupados durante sua visita, acusando o Estado de ocupação de “violações contínuas dos direitos humanos palestinos” e prometendo que a Autoridade Palestina “cooperaria totalmente” com a sonda.

“O chanceler destacou a importância de acelerar as investigações sobre os crimes cometidos no território do Estado da Palestina, de forma que garanta justiça para as vítimas e suas famílias junto ao povo palestino”, disse o gabinete de Al-Maliki em nota.

Al-Maliki viajou para Haia para uma reunião na quinta-feira com o advogado britânico Karim Ahmad Khan, o novo promotor do TPI.

O confisco da autorização especial de viagem torna mais difícil passar pelos postos de controle militares israelenses na Cisjordânia ocupada, e viajar para o exterior exigirá permissão israelense.

LEIA: Israel recebe ofício de Haia sobre investigação de crimes de guerra

Falando sob condição de anonimato, um oficial palestino disse que a comitiva de Al-Maliki foi detida e interrogada pelos serviços de segurança do Shin Bet no local quando eles entraram na Cisjordânia pela Jordânia pela passagem controlada por Israel.

Este é o Ministro das Relações Exteriores do Estado da Palestina. Ele não representa a si mesmo. Ele representa o Estado da Palestina, e consideramos isso como um ataque contra o Estado da Palestina

disse Ahmed Al-Deek, funcionário do gabinete de Al-Maliki, à Reuters.

O Shin Bet não quis comentar. Um oficial israelense confirmou o incidente, de acordo com o Times of Israel, mas ressaltou que cancelar o passe de Al-Maliki foi uma decisão única.

Em 3 de março, Bensouda anunciou o início de uma investigação oficial sobre possíveis crimes de guerra cometidos por Israel na Cisjordânia ocupada e no bloqueio da Faixa de Gaza.

A decisão foi bem recebida pela Autoridade Palestina, mas tanto Israel quanto os EUA condenaram veementemente a medida.

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