Zakaria al-Shami, Ministro de Transportes do governo houthi no Iêmen, morreu neste domingo (21) de coronavírus, informaram duas fontes oficiais, segundo a agência Reuters.
Shami recebia tratamento em um hospital da capital Sanaa, sob controle do grupo rebelde houthi, junto do primeiro-ministro Abdulaziz bin Habtour e outros oficiais infectados.
Oficiais houthis não comentaram imediatamente sobre os últimos acontecimentos.
Abdulaziz Alkumaim, Ministro de Planejamento do governo houthi, anunciou o falecimento de Shami nas redes sociais, mas não concedeu maiores detalhes.
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Após seis anos de guerra, o Iêmen permanece dividido entre o governo houthi sediado em Sanaa, alinhado ao Irã, e o regime reconhecido internacionalmente sediado em Aden, com apoio efetivo da Arábia Saudita.
A gestão houthi restringiu o acesso a dados e minimizou o número de casos de coronavírus nos territórios sob seu domínio.
Testagem e diagnóstico são bastante restritos devido à guerra. Porém, o número de casos confirmados de covid-19 aumentou nos últimos meses, após atenuar-se em setembro.
Em 2020, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou ainda que o coronavírus poderia implicar em mais outra catástrofe ao Iêmen, nação à margem da fome, com pouco fornecimento de água e altos índices de desnutrição e doenças, como cólera e dengue.
O Iêmen espera receber um primeiro lote de 2.3 milhões de doses da vacina contra o covid-19 até o fim de março, através do programa global Covax. O país solicitou ao menos 14 milhões de doses via ajuda humanitária, o suficiente para 23% da população.
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