Quatro crianças foram sequestradas nos últimos três dias, na província de Ibb, região central do Iêmen. Residentes ainda frustraram um quinto sequestro, reportou a mídia local.
Na quinta-feira (18), três menores de idade, todos com 15 anos, desapareceram no distrito de Al-Mishna, em Ibb.
As famílias de Mahmoud Al-Tawaiti, Ayman Bilal Qamhan e Hassan Muhammad Al-Najjar, estudantes de uma mesma escola, relataram seu desaparecimento concomitante.
No sábado (20), a família de um menino de 13 anos, Jubran Muhammad Hazza Al-Waeli, reportou seu desaparecimento após sair de casa, dois dias antes.
Na noite de sábado, residentes locais denunciaram a abdução de uma quinta criança, Abd Al-Latif Al-Hamiri, da cidade de Ibb. Sua família, porém, imediatamente lançou uma campanha de resgate nas redes sociais que levou à libertação do menino.
Os desaparecimentos coincidem com o aumento de casos de sequestro e recrutamento forçado perpetrados pelo grupo houthi, que busca expandir seu contingente em guerra com a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, no Iêmen.
Muammar al-Eryani – Ministro de Informação, Cultura e Turismo do governo iemenita reconhecido internacionalmente, aliado saudita – acusou a “milícia terrorista houthi, ligada ao Irã” de conduzir operações de recrutamento forçado na capital Sanaa e outras áreas.
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Tais campanhas do movimento houthi incluem a captura de “cidadãos comuns, estudantes, universitários e trabalhadores”, além de pressionar diretores das escolas, líderes religiosos e chefes tribais para obter novos combatentes ao conflito.
Al-Eryani exortou o povo iemenita a “resistir a tais práticas criminosas e recusar-se a entregar seus filhos à morte em batalha”.
O ministro também fez um apelo à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança da ONU para pressionar os houthis a interromper o recrutamento forçado, inclusive infantil, ao denunciá-lo como violação flagrante da lei internacional e crime de guerra.