Cinco moradores de um bairro de Gizé desapareceram à força depois de protestar contra a falta de indenização pela demolição de casas.
O protesto foi realizado em Talbiya e centrado em torno de uma estrada chamada Tersa Street, onde as autoridades planejam destruir propriedades.
Os moradores já haviam sido informados de que suas casas não seriam incluídas nas demolições, que ampliarão em cinco metros a Rua Tersa para que possa ser usada como desvio durante as obras da Linha 4 do Metrô.
As autoridades querem que eles assinem o aviso com base em que a compensação será oferecida após a conclusão das demolições. Os residentes se recusam a assinar avisos de despejo sem compensação.
Um apartamento de quatro leitos receberá cerca de 200.000 libras egípcias (US$ 12.705) em compensação, mas os moradores acreditam que valha um milhão de libras egípcias (US$ 63.525).
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Cinco residentes foram presos na manifestação, relata Mada Masr, enquanto um foi preso em casa no dia seguinte.
Os manifestantes presos foram levados para a estação de Talbiya, mas a polícia que trabalha lá negou saber onde eles estão.
Por vários anos, o governo egípcio tem demolido casas em todo o país como parte dos planos para a gentrificação do Egito, além de atrair investidores imobiliários ricos, incluindo em Marsa Matruh e no distrito de Maspero, no Cairo.
Em julho do ano passado, as autoridades prenderam 42 manifestantes na Ilha Warraq, os quais protestavam contra a decisão do governo de demolir suas casas.
Em 2017, o governo demoliu 700 edifícios como parte dos planos para reconstruir a ilha.
Desde 2013, o governo demoliu 12.350 edifícios no Sinai para “fins de segurança”, que a Human Rights Watch descreveu como provavelmente constituindo crimes de guerra.
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