O líder do Movimento Islâmico em Israel, sheikh Raed Salah, acusou o serviço de inteligência israelense de ser cúmplice de crimes cometidos contra a comunidade árabe em Israel, informou a agência Anadolu ontem.
Em um documentário transmitido na noite de domingo pelo canal de notícias Al Jazeera, de Doha, o sheikh Salah disse que o serviço de inteligência israelense é cúmplice de crimes organizados contra cidadãos árabes.
“O exército [israelense] é a principal fonte de armas para gangues em Israel”, aponta a reportagem, citando um ex-oficial do serviço de segurança interna de Israel que não foi identificado.
A Al Jazeera citou documentos vazados que provam que o líder sênior do Movimento Islâmico Suleiman Ighbariyah estava sob vigilância israelense antes de um atentado contra sua vida.
Em 7 de janeiro, Ighbariyah, um ex-prefeito da cidade de maioria árabe de Umm Al-Fahm, ficou gravemente ferido quando homens armados não identificados abriram fogo contra ele.
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Cerca de 1,6 milhão de palestinos vivem em Israel, representando 22 por cento da população do país. Eles têm reclamado de discriminação e acusado Israel de fechar os olhos ao aumento dos índices de criminalidade em suas comunidades.
Pelo menos 27 árabes foram mortos em ataques de gangues desde o início do ano, de acordo com a mídia israelense.