Os buldôzeres israelenses reviraram um terreno de propriedade de palestinos hoje no vilarejo de Kisan, a leste da cidade ocupada de Belém, na Cisjordânia, informou a agência de notícias Wafa. De acordo com o vice-prefeito da aldeia, Ahmad Ghazal, as escavadeiras do exército destruíram três dunams de terras pertencentes à família Ibayyat perto do assentamento colonial israelense ilegal de Avi Menahem para expandir a entrada da colônia.
Ele acrescentou que o terreno já foi confiscado pelas autoridades israelenses há alguns anos e alertou sobre as contínuas violações dos colonos contra os moradores e suas propriedades.
Kasan está isolado das aldeias palestinas vizinhas. Seus 800 habitantes vivem cercados pelos dois assentamentos ilegais de Maale Amos e Avi Menahem.
LEIA: Tanques de Israel invadem Gaza e abrem fogo contra agricultores
A política amplamente praticada por Israel de demolição de casas e destruição de outras propriedades tem como alvo famílias inteiras. Essas demolições são consideradas punições coletivas ilegais e violam a diretriz internacional dos direitos humanos.
Como centenas de outras cidades e vilas palestinas na Cisjordânia ocupada, Kisan está localizada na “Área C” de acordo com os Acordos de Oslo, colocando-a sob total controle militar e administrativo israelense.
Por décadas, Israel tem impedido que os moradores que possuem a terra a usem sem licenças especiais para agricultura ou construção. Israel ocupou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza em 1967. Os territórios ocupados foram reservados pela comunidade internacional para um futuro estado palestino. Os israelenses, enquanto isso, vêm construindo e expandindo assentamentos ilegais na terra há décadas.