Um estado de indignação popular tomou conta do Kuwait após a descoberta de produtos alimentares provenientes da ocupação israelense nas prateleiras de mercados locais, importados através dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
Ativistas kuwaitianos viralizaram imagens de homus fabricado em Israel nas redes sociais, ao denunciar a venda do produto em cooperativas do país árabe.
Usuários das redes sociais também divulgaram a cópia de uma carta endereçada à Federação de Cooperativas do Kuwait, contendo queixas sobre a chegada de produtos israelenses via Emirados e reivindicando sua retirada dos mercados locais.
Em setembro de 2020, Emirados Árabes Unidos e Bahrein assinaram acordos de normalização com Israel e desde então aprovaram uma série de tratados de cooperação. O Kuwait rejeitou enfaticamente promover qualquer medida semelhante.
Em novembro, o Ministério de Comércio e Indústria do Kuwait fechou oito lojas após receber reclamações de consumidores de que as empresas em questão vendiam produtos fabricados em Israel. As ocorrências foram submetidas à Promotoria Pública.
Dias depois, o proeminente acadêmico kuwaitiano Tareq Al-Suwaidan convocou um boicote a companhias árabes que conduzirem negócios com a ocupação de Israel, durante seminário organizado pelo grupo emiradense antinormalização.
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