Centenas de libaneses tomaram as ruas da capital Beirute neste domingo (28), para protestar contra a deterioração das condições econômicas e de subsistência no Líbano.
As informações são da agência Anadolu.
O protesto foi convocado pelo Partido Comunista Libanês.
Manifestantes exibiram cartazes reivindicando serviços de habitação, educação e saúde. “Este país pertence aos trabalhadores” e “Fim do capitalismo” estiveram entre os slogans do dia.
O Partido Comunista Libanês foi fundado na década de 1920 e manteve oposição a sucessivos governos do país. Desde sua criação, jamais conquistou lugar no parlamento.
Os manifestantes reuniram-se em frente ao Banco Central e marcharam em direção ao Palácio do Governo, sob rigorosas medidas de segurança.
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Durante o ato, Hanna Gharib, secretário-geral do partido, reivindicou a construção de um “estado democrático e secular”, além de uma “alternativa nacional para o atual sistema político”
“Saímos às ruas para obter justiça contra aqueles responsáveis pelo colapso econômico”, declarou Gharib. “Fora todos que fracassaram em gerir o país!”
Protestos ganharam nova tração no Líbano, nas últimas semanas, em meio à persistente crise política e agravamento das condições socioeconômicas.
A crise libanesa é a pior desde a guerra civil, entre 1975 e 1990.
Enquanto isso, o país continua à deriva, após a renúncia de todo o governo do Primeiro-Ministro Hassan Diab, seis dias após a catastrófica explosão que devastou o porto de Beirute, em agosto de 2020, e resultou em mais de duzentos mortos.
Desde então, as facções políticas libanesas não conseguem compor um novo governo. O ex-Primeiro-Ministro Saad Hariri foi incumbido de fazê-lo, mas ainda prevalece um impasse com o Presidente Michel Aoun.
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