O regime sírio do presidente Bashar al-Assad decidiu “racionalizar” combustível à medida que prevê atraso no fornecimento de insumos energéticos devido à obstrução do Canal de Suez, no Egito, segundo informações da rede The New Arab.
O enorme navio de carga Ever Given encalhou diagonalmente em Suez na última terça-feira (23), bloqueando ambas as vias de tráfego.
O incidente afetou 12% do comércio global e resultou em atraso na importação de petróleo da Síria, ainda à espera de uma remessa prevista para a última sexta-feira.
Em nota, o Ministério de Petróleo da Síria afirmou neste sábado (27) que a obstrução “impactou as importações de petróleo do país e atrasou a chegada de uma embarcação com materiais combustíveis e insumos petrolíferos do governo aliado do Irã”.
Prosseguiu: “O regime está racionalizando a distribuição dos produtos disponíveis de petróleo, para garantir a continuidade de serviços essenciais, como padarias e hospitais”.
Segundo o ministro sírio Bassam Tomeh, o petroleiro iraniano pode ser redirecionado a circundar o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul africano – rota muito maior e mais custosa adotada por outros navios comerciais, ao invés de aguardar a liberação de Suez.
O Canal de Suez foi concluído em 1869, sob projeto colonial franco-britânico, apesar de protestos do próprio estado do Reino Unido, na ocasião. Em 1956, o então Presidente do Egito Gamal Abdel Nasser nacionalizou a hidrovia, administrada hoje pela autoridade pública.