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Catar rejeita relatório sobre direitos das mulheres do Human Rights Watch

Sarah Leah Whitson, diretora do Human Rights Watch (HRW) no Oriente Médio, durante coletiva de imprensa em Doha, Catar, 12 de junho de 2012 [Karim Jaafar/AFP/GettyImages]
Sarah Leah Whitson, diretora do Human Rights Watch (HRW) no Oriente Médio, durante coletiva de imprensa em Doha, Catar, 12 de junho de 2012 [Karim Jaafar/AFP/GettyImages]

O Catar rejeitou ontem (29) um relatório preparado pela organização internacional Human Rights Watch (HRW) sobre liberdades e direitos das mulheres no estado do Golfo, ao alegar que a igualdade de gênero e a emancipação feminina são centrais ao projeto nacional.

“O relatório divulgado pelo Human Rights Watch retrata equivocadamente as leis, políticas e práticas do Catar sobre as mulheres”, declarou o gabinete de comunicação do governo.

Prosseguiu: “Os relatos mencionados não estão alinhados com nossa constituição e investigaremos tais casos para indiciar todos que violaram a lei”.

“No Catar, mulheres mantêm funções de destaque em todos os aspectos da vida, incluindo economia e política”, argumentou a nota oficial. “Somos liderança na região em quase todos os aspectos indicadores de igualdade de gênero”.

Entre os pontos favoráveis, o gabinete de Doha destacou “mais alto índice de participação feminina na força de trabalho, pagamento igualitário no setor público e maior porcentagem de mulheres matriculadas em programas universitários”.

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Segundo dados do governo, o Catar fortaleceu esforços para assegurar acesso à educação e emprego às mulheres no país, sobretudo em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Na manhã desta segunda-feira, o Human Rights Watch emitiu um relatório de 94 páginas intitulado “Everything I Have to Do is Tied to a Man: Women and Qatar’s Male Guardianship Rules” (“Tudo que faço depende de um homem: Mulheres e tutela masculina no Catar”).

O documento da proeminente entidade humanitária denuncia o sistema de custódia masculina como discriminatório, ao negar às mulheres o direito a decisões básicas sobre suas vidas.

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