O Catar rejeitou ontem (29) um relatório preparado pela organização internacional Human Rights Watch (HRW) sobre liberdades e direitos das mulheres no estado do Golfo, ao alegar que a igualdade de gênero e a emancipação feminina são centrais ao projeto nacional.
“O relatório divulgado pelo Human Rights Watch retrata equivocadamente as leis, políticas e práticas do Catar sobre as mulheres”, declarou o gabinete de comunicação do governo.
Prosseguiu: “Os relatos mencionados não estão alinhados com nossa constituição e investigaremos tais casos para indiciar todos que violaram a lei”.
“No Catar, mulheres mantêm funções de destaque em todos os aspectos da vida, incluindo economia e política”, argumentou a nota oficial. “Somos liderança na região em quase todos os aspectos indicadores de igualdade de gênero”.
Entre os pontos favoráveis, o gabinete de Doha destacou “mais alto índice de participação feminina na força de trabalho, pagamento igualitário no setor público e maior porcentagem de mulheres matriculadas em programas universitários”.
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Segundo dados do governo, o Catar fortaleceu esforços para assegurar acesso à educação e emprego às mulheres no país, sobretudo em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Na manhã desta segunda-feira, o Human Rights Watch emitiu um relatório de 94 páginas intitulado “Everything I Have to Do is Tied to a Man: Women and Qatar’s Male Guardianship Rules” (“Tudo que faço depende de um homem: Mulheres e tutela masculina no Catar”).
O documento da proeminente entidade humanitária denuncia o sistema de custódia masculina como discriminatório, ao negar às mulheres o direito a decisões básicas sobre suas vidas.