A família de Mohammad al-Khodari, líder palestino mantido em custódia na Arábia Saudita junto de seu filho, Hani, há dois anos, convocou um ato na Faixa de Gaza em apoio a ambos.
Cartas foram endereçadas ao monarca saudita, segundo os parentes de al-Khodari, para reivindicar a libertação do líder idoso e seu filho; contudo, sem resposta.
Al-Khodari, de 81 anos, sofre de câncer de próstata e precisa de cuidados médicos urgentes negligenciados pelas autoridades penitenciárias sauditas. A família também exortou grupos de direitos humanos a pressionar Riad para soltá-lo devido à idade e condição de saúde.
Em abril de 2019, forças de segurança da Arábia Saudita prenderam al-Khodari e Hani, professor da Universidade de Umm al-Qura, na cidade de Meca, ao impor uma investigação sobre seu relacionamento com o movimento palestino Hamas.
Al-Khodari residia no reino há quase trinta anos e trabalhou como representante do Hamas em solo saudita com plena ciência da monarquia e aval do falecido Rei Fahad. Não obstante, não opera como oficial do grupo palestino há ao menos onze anos.
A polícia saudita acusa seu filho de transferir recursos impróprios à Turquia, apesar de provas de que Hani destinou legalmente tais verbas à compra de uma propriedade no país.
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Em 8 de março de 2020, ambos foram acusados de “filiação a grupo terrorista” como parte de um julgamento coletivo contra 68 réus supostamente ligados ao Hamas. Al-Khodari foi indiciado por manter posições de liderança dentre o movimento palestino.