O número de mortos de um edifício que desabou na região de Gesr Suez, no Cairo, capital do Egito, chegou a 25 corpos recuperados pelas operações de resgate, além de 75 feridos.
Um bebê de seis meses de idade foi encontrado vivo dentre os escombros, mas seu pai, mãe e irmã foram encontrados mortos. O irmão mais velho ainda está desaparecido.
Um edifício residencial do Cairo, composto por subsolo, térreo e nove andares, desabou no sábado (27) em torno das 3 horas da madrugada. Testemunhas relataram que o prédio começou a inclinar alguns dias antes do incidente, mas a causa ainda não foi divulgada.
Alguns residentes deixaram o local – outros, porém, não têm para onde ir ou meios para encontrar abrigo.
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Desabamentos são consideravelmente frequentes no Egito, onde edifícios de má qualidade e construções ilegais ainda são comuns. Os residentes costumam ter ciência dos riscos, mas não possuem alternativas socioeconômicas ou habitacionais.
A autoridade regional de Gesr Suez reiterou à promotoria pública que uma queixa foi feita sobre o edifício colapsado no fim de semana, mas jamais houve investigação.
Segundo relatos, diversos andares não possuíam sequer alvará, construídos ilegalmente.
Os incidentes decorrem ainda da falta de fiscalização sobre obras ilegais. Regularmente, andares são adicionados sem permissão ou mesmo alicerces apropriados. Edifícios sob risco são condenados pelas autoridades, mas proprietários subornam a polícia para mantê-los.
Engenheiros reportam que cerca de vinte edifícios desabam todo ano somente na cidade de Alexandria, um recorde particularmente trágico para tais ocorrências.