Observadores independentes de sanções da ONU retiraram suas alegações de que o governo iemenita é culpado de lavagem de dinheiro e corrupção, que “afetou negativamente o acesso a suprimentos alimentares adequados” em um país à beira da fome, informou a Reuters.
Em seu relatório anual para o Conselho de Segurança da ONU em janeiro, os especialistas acusaram o Banco Central do Iêmen de quebrar suas regras de câmbio, manipular o mercado de câmbio estrangeiro e “lavar uma parte substancial dos depósitos sauditas em um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro” que viu os comerciantes receberem US$ 423 milhões.
No entanto, a Reuters citou na segunda-feira um documento datado de 26 de março no qual os observadores forneceram uma atualização a um comitê do Conselho de Segurança. Aparentemente, disseram que uma revisão preliminar não mostrou evidências de corrupção ou lavagem de dinheiro e que as indicações mostram que “os preços dos alimentos se estabilizaram em 2019”. O documento também recomendou ao conselho que desconsiderasse as seções do relatório que aguardam uma avaliação final.
O depósito feito pela Arábia Saudita em 2018 foi destinado a financiar crédito para compra de commodities para fortalecer a segurança alimentar e estabilizar os preços internos, explicou a Reuters.
Em resposta ao relatório de janeiro, o Banco Central do Iêmen disse que as operações realizadas foram transparentes e em conformidade com os requisitos bancários e comerciais internacionais. Em fevereiro, o governo iemenita anunciou que nomeou a empresa multinacional de serviços profissionais Ernst & Young para auditar suas contas no banco central.
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