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Relatório sobre direitos humanos dos EUA continua a rotular Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental como na era Trump

A Secretária Assistente Interina dos Estados Unidos, Lisa Peterson, do Departamento de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, fala durante a divulgação dos "Relatórios de países sobre as Práticas de Direitos Humanos de 2020", no Departamento de Estado em Washington, DC, em 30 de março de 2021. [MANDEL NGAN/POOL/AFP via Getty Images].
A Secretária Assistente Interina dos Estados Unidos, Lisa Peterson, do Departamento de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, fala durante a divulgação dos "Relatórios de países sobre as Práticas de Direitos Humanos de 2020", no Departamento de Estado em Washington, DC, em 30 de março de 2021. [MANDEL NGAN/POOL/AFP via Getty Images].

A administração do Presidente dos EUA, Joe Biden, deu continuidade à política da era Trump de não se referir a Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental como “territórios ocupados” em seu título, mas acrescentou uma advertência.

Em seus “Relatórios sobre as Práticas de Direitos Humanos de 2020: Israel, Cisjordânia e Gaza”, o Departamento de Estado, no entanto, declarou: “Esta seção do relatório abrange Israel dentro da linha do Acordo de Armistício de 1949, bem como os Montes Golan e os territórios de Jerusalém Oriental que Israel ocupou durante a guerra de junho de 1967 e onde mais tarde ampliou sua lei interna, jurisdição e administração”.

Isso vem depois que a antiga administração do Presidente Donald Trump reconheceu a soberania de Israel sobre os Montes Golan sírios e Jerusalém Oriental ocupada. A administração de Biden esclareceu dizendo: “A linguagem deste relatório não pretende transmitir uma posição sobre quaisquer questões de status final a serem negociadas entre a partes do conflito, incluindo as fronteiras específicas da soberania israelense em Jerusalém, ou as fronteiras entre Israel e qualquer futuro Estado palestino”.

Lisa Peterson, secretária adjunta interina do Secretariado de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do Departamento de Estado, disse aos jornalistas que rotular o capítulo por suas áreas geográficas, em vez de “Territórios Ocupados” mais gerais, era mais benéfico para os leitores.

Entretanto, o Embaixador palestino no Reino Unido, Husam Zomlot, disse ao Times of Israel: “Ainda bem que estamos de volta à mesma página em relação ao status de território ocupado. A verdadeira questão é: o que a administração Biden vai fazer a respeito disso? É tarde demais para falar, precisamos de ações para responsabilizar Israel e para acabar com a ocupação”.

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