O governo egípcio publicou ontem os nomes de mais 51 pessoas que foram adicionadas à sua lista de terroristas.
Em março de 2020, o presidente Abdel Fattah Al-Sisi aprovou emendas à lei de entidades terroristas, aprovadas em 2015, para permitir ao Estado expandir medidas como confiscos e congelamento de bens daqueles listados como terroristas.
Ao terem seus nomes adicionados às listas de terroristas, as 51 pessoas são automaticamente proibidas de viajar e seus bens são confiscados pelo Estado.
Desde que Al-Sisi, o então chefe militar, liderou um golpe que derrubou o falecido presidente Mohamed Morsi em 2013, o governo lançou uma repressão sem precedentes contra dissidentes que viu dezenas de milhares de detidos ou desaparecidos à força. O governo também rotulou o grupo da Irmandade Muçulmana, do qual Morsi se destacou, como uma organização terrorista e acusou-o de tramar os ataques militantes que ocorreram principalmente na Península do Sinai, na região nordeste do país. A Irmandade nega as acusações.
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