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Irã indicia dez oficiais pela queda de avião ucraniano, em 2020

Oficiais inspecionam peças do Boeing 737 de bandeira ucraniana abatido no Irã, em 10 de janeiro de 2020 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]
Oficiais inspecionam peças do Boeing 737 de bandeira ucraniana abatido no Irã, em 10 de janeiro de 2020 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]

Gholamabbas Torki, promotor militar do Irã, como última medida no cargo, anunciou ontem (6) que dez oficiais do exército foram indiciados pelo abatimento de um avião ucraniano no início de 2020, que resultou na morte de todos os 176 passageiros a bordo.

“O indiciamento no caso do avião ucraniano foi emitido após investigação séria e precisa, segundo a qual dez indivíduos foram apontados como responsáveis”, declarou Torki a repórteres ao entregar seu cargo a seu sucessor, Nasser Seraj.

O oficial iraniano não identificou nominalmente os dez oficiais indiciados.

Em março último, duras críticas internacionais incidiram sobre Teerã devido à divulgação de um relatório final que justificou a queda do avião de passageiros a um “erro humano”, sem responsabilizar nenhum oficial pelo incidente.

Em 8 de janeiro de 2020, um avião comercial do tipo Boeing 737, de bandeira ucraniana, foi abatido em Teerã, poucos minutos após decolar.

O regime iraniano negou qualquer responsabilidade por dias, até que a Guarda Revolucionária do Irã, unidade de elite do exército, admitiu ter abatido a aeronave civil com dois mísseis superfície-ar, ao confundí-la com um míssil cruzador dos Estados Unidos.

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