Mais de 100 figuras da sociedade civil libanesa pediram ao presidente francês Emmanuel Macron para congelar os ativos de economistas e políticos do Líbano em bancos franceses, a fim de pressioná-los a formar um governo, informaram agências de notícias na terça-feira.
Em carta, as personalidades afirmam que uma “máfia político-econômica é responsável pela miséria, fome e insegurança de que mais e mais libaneses sofrem.”
Isso aconteceu enquanto Macron clamava por reformas radicais no Líbano após a mortal explosão do porto de Beirute em agosto.
Macron deve emitir instruções “com vista a implementar o mecanismo legal para congelar ativos de origem duvidosa mantidos na França por líderes políticos e econômicos libaneses”, pede a carta publicada no jornal francês Le Monde.
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“Esta corrupção endêmica em grande escala enriqueceu escandalosamente os líderes políticos libaneses” ao esvaziar o tesouro e desviar a ajuda enviada após a guerra civil, acrescenta a carta.
Advogados, médicos, jornalistas e ativistas, incluindo o proeminente cientista político Karim Emile Bitar, o ex-ministro da cultura libanês e enviado da ONU para a Líbia Ghassan Salame e a ex-parlamentar e apresentadora de TV Paula Yacoubian assinaram a carta.
O Primeiro Ministro do Líbano Saad Hariri e o Presidente Michel Aoun falharam novamente no mês passado em concordar com um novo governo depois de meses de impasse, enquanto o país afunda mais em uma crise econômica.