Oficiais israelenses seniores criticaram a decisão dos Estados Unidos de retomar a ajuda financeira à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).
O embaixador israelense nos Estados Unidos e na ONU, Gilad Erdan, disse: “Israel se opõe fortemente à atividade anti-Israel e anti-semita que ocorre nas instalações da UNRWA”, acrescentando que Tel Aviv “acredita que a UNRWA deve ser eliminada em sua forma atual e seu constante incitamento, além de sua política errada na definição de um refugiado”.
“Acreditamos que esta agência da ONU para os chamados ‘refugiados’ não deveria existir em seu formato atual. As escolas da UNRWA usam regularmente materiais que incitam contra Israel e a definição distorcida usada pela agência para determinar quem é um ‘refugiado’ apenas perpetua o conflito”, alegou Erdan, observando que ele havia advertido o Departamento de Estado sobre o perigo de tal atividade, particularmente sem assegurar que o “incitamento” e o “conteúdo anti-semita” sejam removidos do currículo educacional da UNRWA.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, disse que a renovação da assistência da UNRWA “deve ser acompanhada por mudanças substanciais e necessárias na natureza, objetivos e conduta da organização”.
No início da quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram planos para retomar a ajuda financeira aos palestinos e à UNRWA.
O Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken disse que os Estados Unidos forneceriam $150 milhões em assistência humanitária à UNRWA.
Blinken explicou que os EUA também planejam fornecer aos palestinos $75 milhões em assistência econômica e de desenvolvimento para a Cisjordânia ocupada e a Faixa de Gaza, assim como $10 milhões para programas de construção da paz através da agência americana para desenvolvimento internacional (USAID).
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